quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Carta a Um Amigo 6

Quereria ser o cumpridor fiel do que a mim próprio me proponho, mas não tendo ou havendo metas e balizas que me definam os limites dos afazeres, vou seguindo, tal como fez o Mestre o seu ritmo da vida; ele será sempre aquele que a vontade existente no momento subir até mim; ajudar os outros que necessitados estarão mais do que eu; servir sempre os que não puderam ou não souberam ir mais longe em busca de um modo de viver que não lhes trouxesse arrependimento do caminho andado, sempre os que precisam de serem levantados, porque o cair, é da física elementar a acção natural mais próxima de nós, implica que terá de haver a acção contrária.
Quero dizer-te que me sinto muito bem com as palavras que me mandaste, as quais, sabendo do valor das mesmas e da fonte inesgotável de saber de onde provêm, me incentivaram a que o meu rumo não fosse perturbado nestes acontecimentos dos últimos dias. Há sempre acontecimentos que nos marcam mais ou menos, mediante o impacto que provocam em nós. É concerteza dentro do quadro da Amizade que, o que nos surge de outrem tem sempre um valor e uma apreciação de carácter mais intimista, mais nos enleva ao que julgamos pertencer; pois assim sem julgamento estamos a ser apreciados, pelo nosso trato, pelo nosso trabalho e sobretudo pela existência de um elo que foi consolidado ao longo dos anos em que travamos conhecimento e fomos trocando correspondência, esta tão em desuso, e ao usarmos de tal privilégio, privilégio porque poucos a usam actualmente, estamos a deixar que escrito aquilo que realmente pensamos de nós, dos nossos que por laços familiares nos pertencem, do nosso país e do planeta em geral; motivo mais que suficiente par estarmos de bem connosco.
Se a Amizade é um frasco, quero que seja do tamanho do Planeta.
Há um tempo para tudo; vamos respeitar aquele tempo.

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